Arquivo para outubro, 2008

Segura na mão de Deus e vai (votar)!

Na véspera de um feriado, uma obrigação cheia de preguiça, lamúria e desânimo. A diferença de um número (14/15) faz a diferença, dizem alguns. Se foi pra piorar é melhor deixar como está, dizem outros.

Dos apoios dos dois (e meio) maiores jornais, já sabemos. Das falcatruas, atitudes corruptas e falta de compromisso, também. As acusações e os questionamentos em debates então, nem se fala. “E o Pronto Socorro da 14, prefeito?” “E os seus laços com o onipresente Jáder?”

Para muitos eleitores essa disputa será um “Segura na mão e Deus e vai!”. É, no Brasil sempre é assim. E a culpa, é claro, continua sendo nossa.

Todo mundo é Gabeira

Divulgação

Gabeira no Clube Militar

Já que as eleições estão aí e a disputa em Belém é uma das mais previsíveis, integro as milhares de pessoas que têm comentado, incessantemente, sobre o Gabeira (PV), candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.

Para mim o mais incrível não foi ele ter conseguido ir para o 2º Turno, apesar de ter sido um inesperado resultado (a meu ver), mas sim a união de todos os grandes veículos de comunicação, principalmente na internet, na torcida e divulgação positiva do trabalho dele.

Todo o dia leio manchetes de sutil apoio ao deputado. A seleção de títulos, fotos e abordagem das matérias exibem a preferência da mídia carioca e nacional.

O motivo desta manifestação eu não tenho certeza para expôr. Quem puder explicar, por favor, sinta-se livre. Eu só sei que fiquei muito feliz com o 1º Turno e, também, faço parte da torcida explícita para a vitória do Gabeira, que, claro, tem diversos defeitos como todos, mas, pelo menos, ainda representa algo para o Brasil.

Reforma agrária: quem ainda crê que esta é a solução?

Foto de Sebastião Salgado

Foto de Sebastião Salgado

Uma notícia que não surpreende mais ninguém: Cerca de 500 integrantes do MST ocupam a sede do Incra, em Belém, desde o final da manhã desta segunda-feira (20). Os manifestantes pedem agilidade na reforma agrária no Pará.

Sobre o tema, muitas perguntas. As respostas, eu não tenho.

Quem são realmente estes manifestantes? O que, de fato, eles necessitam? Hoje, qual a diferença entre um sem-terra e o sem-teto? Por que procurar lugar no campo se tantos fogem dele?

Basta dar terra e condições? Por que as tentativas fracassaram tantas vezes em diversos países? Quem quer, de verdade, produzir?

Regresso, estagnação ou evolução? Você acredita na reforma agrária?