Gestão democrática para fazer melhor e ainda mais

No próximo dia 3 de dezembro será eleita a nova administração da UFPA para o quadriênio 2009-2013. Em disputa digna de grandes competições, com direito a todos os artifícios de mobilização, 4 candidatos disputam o cargo de Reitor, torcendo para vencer e convencer os muitos que ainda não se interessaram por nenhuma campanha.

Como distinguir propostas semelhantes, que abordam os mesmos aspectos com palavras sinônimas? O diferencial, como em todas as eleições políticas no Brasil, está mais nos bastidores, nos ícones escolhidos e na linguagem subjetiva utilizada. Para mim, as chapas concorrentes só são 3. De Ricardo Ishak e Habib Fraiha Neto eu nunca ouvi falar nem recebi panfletos diariamente insistentes ao chegar à universidade. Dos outros, sei que a Regina (atual vice-reitora) tem como base as conquista do antigo Reitor, Alex Fiúza; Maneschy faz pose de oposição, com interessantes instrumentos oriundos de uma campanha bastante rica, e Ana Tancredi implora aos movimentos pseudosociais que façam por ela o que sua campanha até agora não fez: mobilizar os estudantes.

Para distinguir os egos concorrentes e não escolher aleatoriamente qualquer um deles, é bom estar presente nos dias 26/11 no Instituto de Ciências da Saúde e 27/11 na Escola de Aplicação, sempre às 10h. Debates são sempre rentáveis, seja pelos esclarecimentos seja pelas fofocas.

Ah, essas ONGs…

Segundo dados do Ministério da Defesa existem, no Brasil, 276 mil Organizações Não Governamentais. Muitas delas não têm endereço fixo, contato atualizado ou verdadeiro compromisso com projetos sociais.

Em razão de problemas como estes, o Programa Nacional de Aids informou ontem (31) que 57 ONGs que trabalham com portadores do HIV em todo o País não comprovaram o uso adequado de R$ 2,9 milhões recebidos do Ministério da Saúde para a realização de ações preventivas e de apoio.

De acordo com o programa, não foram apresentados documentos comprobatórios de despesas ou há irregularidades nos papéis encaminhados. O órgão decidiu levar os casos ao Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) e ao Ministério Público.

Segura na mão de Deus e vai (votar)!

Na véspera de um feriado, uma obrigação cheia de preguiça, lamúria e desânimo. A diferença de um número (14/15) faz a diferença, dizem alguns. Se foi pra piorar é melhor deixar como está, dizem outros.

Dos apoios dos dois (e meio) maiores jornais, já sabemos. Das falcatruas, atitudes corruptas e falta de compromisso, também. As acusações e os questionamentos em debates então, nem se fala. “E o Pronto Socorro da 14, prefeito?” “E os seus laços com o onipresente Jáder?”

Para muitos eleitores essa disputa será um “Segura na mão e Deus e vai!”. É, no Brasil sempre é assim. E a culpa, é claro, continua sendo nossa.

Todo mundo é Gabeira

Divulgação

Gabeira no Clube Militar

Já que as eleições estão aí e a disputa em Belém é uma das mais previsíveis, integro as milhares de pessoas que têm comentado, incessantemente, sobre o Gabeira (PV), candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.

Para mim o mais incrível não foi ele ter conseguido ir para o 2º Turno, apesar de ter sido um inesperado resultado (a meu ver), mas sim a união de todos os grandes veículos de comunicação, principalmente na internet, na torcida e divulgação positiva do trabalho dele.

Todo o dia leio manchetes de sutil apoio ao deputado. A seleção de títulos, fotos e abordagem das matérias exibem a preferência da mídia carioca e nacional.

O motivo desta manifestação eu não tenho certeza para expôr. Quem puder explicar, por favor, sinta-se livre. Eu só sei que fiquei muito feliz com o 1º Turno e, também, faço parte da torcida explícita para a vitória do Gabeira, que, claro, tem diversos defeitos como todos, mas, pelo menos, ainda representa algo para o Brasil.

Reforma agrária: quem ainda crê que esta é a solução?

Foto de Sebastião Salgado

Foto de Sebastião Salgado

Uma notícia que não surpreende mais ninguém: Cerca de 500 integrantes do MST ocupam a sede do Incra, em Belém, desde o final da manhã desta segunda-feira (20). Os manifestantes pedem agilidade na reforma agrária no Pará.

Sobre o tema, muitas perguntas. As respostas, eu não tenho.

Quem são realmente estes manifestantes? O que, de fato, eles necessitam? Hoje, qual a diferença entre um sem-terra e o sem-teto? Por que procurar lugar no campo se tantos fogem dele?

Basta dar terra e condições? Por que as tentativas fracassaram tantas vezes em diversos países? Quem quer, de verdade, produzir?

Regresso, estagnação ou evolução? Você acredita na reforma agrária?